Sua placa foi roubada: o que fazer, e como evitar o roubo?

No sábado (1) viralizou nas redes sociais a publicação de uma usuária do Twitter, reconhecida como Cintia Braga, alegou ter sofrido um golpe em que a placas de identificação do seu veículo havia sido roubada. O caso aconteceu em Fortaleza (CE).

Nessa nova picaretagem os bandidos roubam o objeto, e, para que o motorista não tenha de pagar um alto valor para solicitar um novo, eles afirmam devolver a placa roubada mediante a pagamento via pix no valor de R$ 100.

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Ao portal Diário do Nordeste, Cintia explicou que a ação aconteceu depois que estacionou o carro – em um lugar que acreditava ser seguro – e foi a um restaurante, onde ficou cerca de duas horas. Ao voltar para o veículo, percebeu que no lugar do objeto de identificação estava um bilhete informando do ‘sequestro’.

Quando procurou o Detran-CE, Braga disse que foi orientada a fazer o B.O e solicitar anova placa pelo site.

Mas tem como evitar esse tipo de golpe? E, caso ele aconteça, o que deve ser feito? O AutoPapo vai te explicar tudo nesse texto.

Como evitar o roubo da placa

Primeiramente, vamos tentar evitar que esse tipo de golpe aconteça com você. As novas identificações Mercosul, embora tenham gravações a laser, efeitos visuais, número de série criptografado e o QR Code, não têm o arame e o selo que lacrava a placa traseira junto do carro – como no padrão antigo. Por isso, ela pode ser posicionada utilizando apenas dois parafusos, o que facilita a sua retirada.

Para evitar dor de cabeça, ao invés de utilizar parafusos do tipo comum, eles podem substituídos por outros três tipos:

1. Parafusos sextavados com porcas

parafuso sextavado com porca shutterstock

Parafusos sextavados com porcas podem te ajudar a fixar melhor  a placa Mercosul no seu carro. Além disso, ao colocar as porcas do lado interno do para-choques, a placa fica rigidamente presa – sem riscos de ser retirada (pelo menos não facilmente).

2. Parafusos Torx

parafuso torx shutterstock

Torx é um tipo de cabeça de parafusos caracterizado por uma chave de seis pontas, que forma uma estrela. Esse tipo de parafuso também é um método que dificulta a ação dos bandidos, já que é uma chave específica usada para torcê-lo.

3. Parafusos Allen

parafuso allen shutterstock

Seguindo os parafusos Torx, os modelos Allen também possuem seis lados. Mas suas fendas são diferentes e, portanto, necessitam de outro tipo de chave para parafusá-los. Sendo assim, eles também são bastante específicos e causaria mais trabalho a quem tentasse roubar a chapa de identificação do veículo

Bônus: Fita adesiva de dupla face

fita dupla face shutterstock

O uso da fita adesiva de dupla face também pode dificultar a ação dos criminosos ao tentarem furtar a placa Mercosul do automóvel. Por conta dos dois lados autocolantes de forte fixação, a fita pode ser passada nas quatro bordas da chapa, como um reforço para um dos parafusos indicados acima.

Perdi a placa, e agora?

Primeiramente, é importante lembrar que, desde o dia 31 de janeiro de 2020, o padrão Mercosul entrou em vigor no Brasil. Por isso, não é mais possível solicitar a placa cinza, pois ela não é mais fabricada por aqui. Caso o ladrão tenha levado apenas uma de suas placas do modelo antigo, ao fazer a solicitação, é preciso pedir uma nova dianteira e traseira.

O AutoPapo procurou o Detran-SP para saber quais providências devem ser tomadas caso a placa seja roubada, e, em nota, o órgão respondeu:

O Detran-SP informa que, em caso de furto, roubo, perda ou dano, o motorista deve solicitar uma segunda via de placa. O serviço é realizado presencialmente, mediante agendamento prévio através do portal do Poupatempo.

Havendo débitos é necessário realizar o pagamento e o veículo deve estar devidamente licenciado. Faz parte da documentação realizar a vistoria no veículo e juntar o laudo da inspeção, o documento do proprietário (RG/ CPF) e do veículo (CRLVe), o comprovante de pagamento de débitos e, em caso de furto ou roubo da placa, apresentar o boletim de ocorrência policial para furto ou roubo.

Depois disso, o motorista deve realizar o emplacamento em uma empresa credenciada. Todas as etapas necessárias para solicitar o serviço estão detalhadas no link acima, nas informações sobre o serviço.

Como pedir a segunda via da placa após o roubo

Os procedimentos podem variar de acordo com o Detran do seu estado. No entanto, a orientação geral é a mesma para todo o país. Uma delas é fazer um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia. Com isso, o motorista estará resguardado, caso a placa perdida seja encontrada por outra pessoa e seja utilizada de forma indevida.

Feito isso, siga esses passos:

  1. Em são Paulo, o primeiro passo é ir com o veículo até uma Empresa Credenciada de Vistoria. Confira aqui a lista completa.
  2. Feito isso, a instituição emitirá um laudo de vistoria (o documento tem validade estadual, o que autoriza que seja feita e utilizada em qualquer cidade de São Paulo).
  3. Com o laudo em mãos, vá até uma unidade de atendimento de registro do veículo com todos os documentos solicitados (lista abaixo).
  4. Depois, faça o pagamento da taxa cobrada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para emitir a segunda via para quem perdeu a placa na enchente.
  5. O quinto passo é, com o comprovante de pagamento da solicitação em mãos, levá-lo a uma empresa que realiza o emplacamento.

Documentos necessários:

O motorista que perdeu a placa do veículo na enchente ou seu representante deve portar os seguintes documentos para solicitar a segunda via de PIV:

  • Documento de identificação pessoal – original e cópia simples;
  • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) – original e cópia simples;
  • Comprovante de Pagamento – original e cópia simples;
  • Solicitação de 2ª via de placa – original, clique aqui para imprimir; e
  • Laudo de vistoria de identificação veicular – original;
  • Carteira de inscrição de advogado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), caso o procurador seja advogado – cópia simples (se procurador).
  • Documento de identificação pessoal do procurador – original e cópia simples (se procurador).
  • Documento de identificação pessoal do representante da pessoa jurídica responsável pela solicitação do serviço na unidade de atendimento – original
  • Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) – cópia simples (se pessoa jurídica).
  • Contrato Social ou documento equivalente de criação da pessoa jurídica – cópia simples (se pessoa jurídica).
  • Comprovação de poderes para representação legal da pessoa jurídica – original e/ou cópia simples, conforme o documento apresentado (se pessoa jurídica).

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