João Barion fala sobre Drift no Brasil e mostra que carros elétricos não são caretas

Criado por Kunimitsu Takahashi na década de 1970 no Japão, o Drift tem se popularizado cada vez mais no Brasil e no mundo nos últimos anos, principalmente após a projeção universal que a modalidade teve depois do lançamento do filme “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio”, em 2006.

O esporte que surgiu como uma brincadeira no meio automobilístico acabou ganhando uma legião de fãs, se tornou um esporte e, atualmente, tem diferentes campeonatos ao redor do mundo.

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A prática é quase um balé automotivo e exige equilibrar o ângulo da curva com movimentos certeiros. Para realizar a manobra a traseira do carro deve ser deslocada para um lado, enquanto as rodas dianteiras vão para o sentido oposto ao da curva.

No Brasil, a competição de Drift também está crescendo de forma considerável e tem um campeonato nacional, o Ultimate Drift. A modalidade foi idealizada pelo piloto João Barion, em 2020, e surgiu com o objetivo de profissionalizar a categoria no país.

Durante o primeiro dia da Automec 2023, o AutoPapo conversou com Barion, que falou um pouco sobre o cenário nacional do Drift nacional.

O drift é relativamente novo no Brasil, mas vem crescendo muito nos últimos anos. É legal que esse fenômeno acontece não só no Brasil, mas no mundo inteiro, crescendo nos últimos dez anos.

Esse ano em especial ele tem disparado não só por aqui, mas como nos Estados Unidos e Europa e vem muitas mudanças pela frente. Nos EUA a entrada do grupo dono do UFC junto com a Fórmula Drift que é o principal evento com certeza vai dar uma alavancada mundial no esporte.

Aqui no Brasil o Ultimate Drift conta com mais de 60 pilotos no grid e vai para diversos estados e cidades diferentes. Então a modalidade ainda está no início do que é uma grande trajetória pela frente.

Para a temporada 2023 o campeonato nacional conta com seis etapas que vão passar por, pelo menos quatro estados. A primeira rodada aconteceu nos dias 1 e 2 de abril no autódromo ECPA, em Piracicaba (SP). A segunda etapa é nos dias 20 e 21 de maio no Velopark, em Nova Santa Rita (RS). O calendário completo você confere abaixo:

Dia Mês Cidade Estado Autódromo
1 e 2 Abril Piracicaba São Paulo – SP Autódromo ECPA
20 e 21 Maio Nova Santa Rita Rio Grande do Sul – RS Velopark
1 e 2 Julho A definir
19 e 20 Agosto Londrina Paraná – PR Autódromo Ayrton Senna
23 e 24 Setembro Penha Santa Catarina – SC Beto Carrero
17 e 18 Novembro Ribeirão Preto São Paulo – SP Estádio Comercial

A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) está por trás da organização do campeonato nacional, e Barion falou sobre a importância da entidade para a realização e popularização do esporte

A CBA faz parte da história do automobilismo e a experiência que ela tem em todas as áreas tem muito para agregar. Eles ajudam muito a gente desde a parte de competição até estratégica sobre como fazer uma evolução.

Então é uma junção. Quanto mais pessoas com experiência em volta do esporte, mais ajuda a crescer.

O ‘Xerife’ ainda falou sobre a relação do Drift com os carros elétricos. Atualmente, tanto os carros de rua quanto as modalidades de competição estão passando por uma fase de transição, em que tentam se tornar sustentáveis do ponto de vista ecológico, reduzindo as emissões de CO2.

Essa categoria, no entanto, é extremamente o oposto ao que tem sido pregado pela maioria dos esportes, já que o desgaste de pneus é absurdo, e os motores cada vez mais modificados para entregarem um torque cada vez mais maior, emitem muito mais poluentes.

Mas Barion reiterou quanto as emissões dos motores é possível reduzir, por causa dos carros elétricos. No entanto, utilizá-lo durante uma volta completa ainda é um desafio.

Eu já testei carros elétricos no drift e ainda é um desafio na questão de energia. Qual a grande limitação? Primeiro que o carro elétrico é sensacional que ele tem torque em alta, em baixa e a resposta dele é muito melhor do que um carro a combustão.

Mas a grande limitação é você tirar a energia da bateria e passar para o motor de forma contínua. Se você pegar um carro elétrico, hoje ele acelera muito por poucos segundos, ele não aguenta dar uma volta inteira com potência máxima. Então eu acho que é algo que as empresas estão trabalhando para superar esse obstáculo, de conseguir por pelo menos um minuto tirar a carga máxima das baterias e jogar direto para o motor.

Quando isso for alcançado vai ser possível [Drift com carros elétricos] e os carros elétricos no drift vão dar muito trabalho, porque ele têm torque o tempo inteiro.

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