Revuelto: o novo touro da Lamborghini estreia com 4 motores

março 30, 2023

Touro morto, touro posto! A Lamborghini acaba de revelar o Revuelto, sucessor do Aventador, que dá início á eletrificação da marca italiana. Com arquitetura que respeita a linguagem cinquentenária do Countach. Trata-se de um supercarro com frente curta, portas do tipo tesoura, motor V12 longitudinal posterior (como a marca gosta de frisar) e traseira empinada.

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Como em seus antecessores, o bólido conta com grandes tomadas de ar nos para-lamas e imensas ponteiras de escapamento. Mas o que chama atenção são os faróis e lanternas em Y. Trata-se de uma nova orientação de estilo da marca.

Lamborghini Híbrido

Se as formas do Revuelto mais parecem uma evolução gradual dos herdeiros do Countach, é sob o capô translúcido que está a grande revolução do novo touro de Sant’Agata Bolognese. O modelo é o primeiro híbrido da marca.

Ele combina o V12 6.5 (de aspiração natural) a três unidades elétricas. Uma delas atua diretamente com a transmissão de dupla embreagem e oito marchas.

Apenas o V12 entrega 825 cv a elevados 9.250 rpm, além de 74 kgfm. Junto com os elétricos, a potência salta para 1.015 cv. Tudo isso garante ao Lambo aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos.

Já a velocidade máxima declarada é de 350 km/h. Pode parecer “pouco”, já que é o Lamborghini mais potente já construído e tem máxima inferior ao do Aventador, que em sua edição de estreia acelera a até 354 km/h.

Mas a razão dos motores elétricos não é fazer esse Lambo andar mais rápido, mas emitir menos poluentes. Os motores entregam torque para exigir menos do V12. A Lamborghini afirma que reduziu as emissões em 30%, em relação ao Aventador.

O Revuelto também é mais leve. Seu monocoque foi feito com polímero de fibra de carbono reforçado (CFRP), 20% mais leve e 25% mais rígido. A estrutura traseira utiliza ligas de alumínio de alta resistência. O peso total fica em 1.772 kg.

Interior do Revuelto

Por dentro o Revuelto esbanja sofisticação com couro e camurça em todo interior. O quadro de instrumentos se limita a uma tela flutuante, enquanto o multimídia vertical é posicionado sobre uma estrutura suspensa. Sobre um porta-luvas, uma tela indica posição de marcha, velocidade e informações do carro, com pressão dos pneus.

O volante por sua vez agrega funções triviais como limpadores de para-brisas, assistentes de condução, mas também há comutadores para modo elétrico, seletor de comportamento dinâmico e até mesmo ajuste do aerofólio traseiro retrátil. Tudo na ponta dos dedos para que o “piloto” não tire as mãos do volante.