Grand Valley voltou mais bonito e realista ao Gran Turismo
Uma das características marcantes da série “Gran Turismo” são suas pistas. Basta ver um trecho para saber qual é o circuito. Em “GT7”, a Polyphony Digital quer resgatar a essência da franquia. O game chegou no ano passado para celebrar os 25 anos da série. E para isso conta com elementos do jogo original, como a pista de Grand Valley Highway.
Esse circuito original retorna à franquia após 10 anos. Ele foi utilizado pela última vez em “Gran Turismo 6”, de 2013. O traçado é praticamente o mesmo, assim como as derivações encurtadas. E ele continua desafiador e traiçoeiro.
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Todo mundo que começou a jogar “Gran Turismo”, lá no PS1, sabe que “High Speed Ring” sempre foi o circuito mais fácil do game. Tem uma parabólica maldosa, mas com um muro que permite ao jogador se “apoiar” nele. Assim, era fácil ganhar, pois os demais carros não trapaceavam da mesma forma.
Mas quando se corria nas demais pistas do jogo, a história mudava. Trial Mountain, Deep Forest, Special Stage Route e Grand Valley são pistas bem mais técnicas, sem muito espaço para pequenas trapaças.
De volta a Grand Valley
Agora Grand Valley (Highway) está de volta à franquia. O traçado foi adicionado na última atualização do game, liberada na terça-feira (21).
A pista chegou junto de novos carros como Citroën DS21, o conceito Exeneo Vision Gran Turismo (da Italdesign), o monoposto RA272 (da Honda) e o Porsche 911 Carrera RS 2.7 (da geração 901).
Mas vamos falar de Grand Valley Highway. Na época de GT1, o traçado foi desenhado com uma imensa reta, seguida de uma leve curva para a esquerda e um grampo para a direita. Era ali que se decidia a corrida (de forma inglória).
O macete era ir com tudo na reta, ficar rente ao muro dos boxes para ter menor tangência na curva e mergulhar por dentro do grampo, para se apoiar no carro que estivesse na extremidade externa da curva. Esse carro seria a “mureta” de High Speed Ring.
Era batata, enquanto os demais carros (controlados pelo computador) reduziam, era possível ganhar posições com essas tramoias enquanto Isaac Newton fazia vista grossa.
Novo Grand Valley Highway
Mas o novo Grand Valley, que ganhou o acréscimo de Highway (pois deriva da rodovia californiana), os velhos truques não se aplicam mais. O traçado recebeu irregularidades de relevo, que demandam mais atenção do jogador.
A física está mais realista, como seria natural de ser. E o traçado é ainda mais traiçoeiro. Se em “GT” original a sequência de curvas que antecede o primeiro túnel demandava cuidado, agora a atenção deve ser redobrada.
Aquela cutucada no freio de mão para “posicionar” o carro nem sempre funciona. Dependendo de como se entra na curva, ela te joga contra as pedras.
Assim, é preciso ser cirúrgico e descobrir os pontos de frenagem para cada carro. Afinal, cada automóvel reage de uma forma.
Visual da pista
O novo Grand Valley tem poucas referências da paisagem original do PS1. Se no jogo de 1997, a pista era repleta de arquibancadas e edifícios ao fundo, agora é tudo no meio do nada.
Elementos como a ponte (que deixou de ter arcos) e os túneis estão lá. De resto, o visual é novo, com direito a visão do Oceano Pacífico e um terceiro túnel no início da reta dos boxes.
Em “GT6” a pista se chamava Grand Valley Speedway e tinha características de um autódromo fechado. Ao longo de 25 anos, o entorno do circuito mudou, mas o traçado continua o mesmo, só que mais traiçoeiro e sem brechas para trapaças.
Só posso dizer que na primeira volta, voltei a 1998, quando jogava no PS1. Mas foi só chegar ao grampo, para descobrir que aquele velho “GT” não existe mais. Jogue e depois me conta o que achou da pista.
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