Cinco defeitos do Fusca que colocavam os motoristas em apuros

O Volkswagen Fusca ainda é um carro muito amado e utilizado no Brasil. Sua simplicidade e o motor traseiro faz dele tão valente na lama quanto os jipes. Além de ser um clássico charmoso e descomplicado. Mas nem tudo são flores, ele possui sua cota de defeitos.

O saudosismo e boas memórias com o carro fazem as pessoas deixarem isso de lado, lembrando apenas dos bons momentos. Mas o Fusca podia fazer seus donos passarem por perrengues e até mesmo deixá-los na mão. Pelo menos não era por um radiador furado…

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1. Curto na bateria

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A bateria sob o banco do passageiro entra em contato com as molas do assento e pode fechar um curto (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Ver um Fusca pegando fogo não era uma cena muito incomum nos tempos que ele era um carro popular nas ruas. Um dos principais motivos para isso era uma falha de projeto “boba”: a posição da bateria.

Ela fica sob o banco do passageiro e sem uma proteção. Por isso, o peso do passageiro pode fazer as molas metálicas sob o assento entrarem em contato com os polos da bateria e, assim, iniciar um incêndio. Ele pode espalhar rápido devido a espuma dos bancos.

A solução mais comum é colocar um tapete de borracha sobre a bateria.

2. Mangueira de combustível resseca

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Ressecamento dessa mangueira é um dos motivos para o Fusca pegar fogo (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Seu Fusca pegou fogo e o culpado não foi a bateria? Pode ser culpa da mangueira de combustível ressecada. Com isso, o combustível pode vazar sobre alguma parte quente do motor e começar um incêndio. Felizmente existem mangueiras de material mais resistente no mercado para prevenir isso.

3. Suspensão traseira

A cambagem muda conforme o curso da suspensão, o que traz instabilidade em curvas (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Lá fora isso foi corrigido lá fora no 1302, aqui tivemos essa melhoria na suspensão apenas na Kombi e na Variant II (Foto: Volkswagen | Divulgação)

O Fusca utiliza suspensão traseira independente por semieixos oscilantes. Ou seja, cada semieixo é ligado ao diferencial e não articula próximo as rodas. Isso faz que a cambagem mude conforme o movimento das rodas.

Esse tipo de suspensão faz que o comportamento dinâmico do Fusca seja perigoso. Curiosamente, a Kombi abandonou esse conceito em 1976. O Chevrolet Corvair utilizava esse tipo de suspensão e sofreu duras críticas pela dinâmica.

No exterior houve o Volkswagen 1302, também conhecido como Super Beetle, que utilizava McPherson na frente e braços arrastados na traseira. Era o mesmo conceito de suspensão usada pelo Porsche 911. Aqui no Brasil tivemos esse conjunto apenas na Variant II, enquanto o Fusca viveu até o fim com a perigosa cambagem variável.

4. Posição da bomba de combustível

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A bomba de combustível joga gasolina logo onde a centelha é gerada, aí é fogo na certa (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Existe mais um motivo para o Fusca pegar fogo: a posição da bomba de combustível. Ela fica próxima ao distribuidor e pode vazar. Como esse componente é responsável por produzir a centelha da ignição, o resultado acaba sendo um incêndio.

5. Folga da direção

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Conceito antigo de direção é mais sujeito da dar folgas (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Quem nunca ouviu dono de Fusca falar que o volante do carro não tem folga, tem férias? O besouro da Volkswagen utiliza um sistema do tipo setor e rosca sem fim, que tendem a se desgastar e ficar com folga. E sabe o 1302 que falamos acima? Ele trazia uma direção mais moderna do tipo pinhão e cremalheira.

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