Teste: Honda City hatch aposta em segurança e design para tentar substituir o Fit


Versão inédita traz o mesmo conjunto mecânico e pacote de equipamentos do sedã O primeiro contato com o Honda City hatch foi um curta-metragem. Mas já deu para notar algumas nuances, como o visual. Na fotografia, ele vai muito bem. Claro que não há nenhum arrojo, mas o figurino é agradável e se destaca pelas boas proporções e pela harmonia entre a dianteira e a traseira. Mereceu até um efusivo elogio enquanto eu pegava um lanche no drive-thru. Veja também Como anda? A nova cor perolizada cinza Grafeno entra na moda que começou no segmento premium e foi se espalhando. O clímax, por sua vez, era o esperado motor 1.0 turbo, mas o City vem apenas com um novo 1.5 flex aspirado com injeção direta, 126 cv e 15,5 kgfm de torque, conectado ao conhecido câmbio automático CVT com sete marchas simuladas. Honda City hatch leva quase 11 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h Divulgação O desempenho é coadjuvante. Em nossa pista de testes, o hatch levou 10,7 segundos para chegar aos 100 km/h. Na cidade, a impressão melhora com potência e torque suficientes para rodar sem grandes problemas. A suspensão filtra tudo direitinho na maioria das vezes e a posição de dirigir pode ser bem baixa para quem gosta. Na rodovia, quando você precisar fazer uma ultrapassagem certifique-se de ter espaço suficiente e prepare os ouvidos, porque vai se sentir dentro do filme O Grito. Motor 1.5 do City hatch tem injeção direta e duplo comando, mas é aspirado Divulgação As retomadas são apenas satisfatórias: 5,1 s de 40-80 km/h, 6 s de 60-100 km/h e 7,3 s de 80-120 km/h. Já o consumo é digno de Oscar: com gasolina, registrou 12,2 km/l na cidade e 18,6 km/l na estrada. O enredo é bom. O City aposta na tecnologia, com itens como painel de instrumentos digital, botão de partida, ar-condicionado digital e automático, câmera de ré multivisão, sensores de estacionamento traseiros e bancos de couro. Faltou o freio de estacionamento eletrônico. Central multimídia do City hatch é completa, mas visual lembra um aparelho genérico Divulgação Já a central multimídia melhorou em relação à do Fit, com respostas rápidas e espelhamento de smartphones (Apple CarPlay e Android Auto) sem fio. Porém, os grafismos e a interface dão a sensação de a tela ter sido comprada em sites chineses duvidosos e instalada ali. Um dos diferenciais da versão Touring é o Honda Sensing. O pacote reúne tecnologias de segurança ativa como assistência de permanência em faixa, controle de cruzeiro adaptativo, sistema de frenagem para mitigação de colisão, detecção de saída da pista e ajuste da direção com o objetivo de evitar acidentes e ajuste automático de farol. Honda City hatch é completo na versão Touring; há ar-condicionado digital e quadro de instrumentos com tela de 7 polegadas Divulgação A versão mais cara — o City é vendido também na opção “de entrada EXL, de R$ 114.200” — ainda traz faróis full-LED e lanternas de LED, além de sensores de estacionamento dianteiros e partida remota. Esbarrando nos SUVs E o cachê? É alto. Tradicionalmente, a Honda aposta que, por sua reputação e pelo status que o “H” estilizado no carro traz, pode cobrar sempre um pouquinho a mais. Essa versão que você vê nas fotos, Touring, custa R$ 122.600. O principal concorrente, Toyota Yaris hatch, vai até R$ 114.090. Outros rivais, como Chevrolet Onix e VW Polo, chegam aos R$ 115 mil nas opções mais caras (Polo GTS a R$ 140 mil é um absurdo completo). Sistema de rebatimento dos bancos é uma das "heranças" do Fit no Honda City hatch Divulgação Só que, nessa faixa, o carro da Honda começa a esbarrar nos “vilões” SUVs compactos. Além de ser mais caro que os blockbusters Fiat Pulse e VW Nivus, o City chega perto do Jeep Renegade 2022, de iniciais R$ 124 mil. O Fit, no último mês de vida, tinha o preço máximo na casa dos R$ 103 mil. O City será um sucesso de bilheteria como o versátil Fit? Só o tempo dirá. O hatch tem proposta parecida, com novos trunfos, mas não é monovolume. É como o Robert Pattinson encarnando o novo Batman: terá de provar que é a escolha certa para os viúvos de Christian Bale. Em outros tempos, o Fit levou mais de 50 mil pessoas às lojas (o melhor resultado foi em 2014). Nos últimos cinco anos, a média de vendas foi de quase 20 mil carros anuais. Uma missão talvez impossível para o Honda City hatch. Este texto se autodestruirá em 5 segundos. Honda City hatch 2022 quer substituir o Fit, mas custa quase o mesmo que um Renegade Divulgação Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

source https://autoesporte.globo.com/testes/noticia/2022/02/teste-honda-city-hatch-aposta-em-seguranca-e-design-para-tentar-substituir-o-fit.ghtml

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