Carros que saíram de linha em 2021: 10 modelos que deixaram o mercado
A virada do ano também é tempo de prestar homenagens aos que se despediram. E não foram poucos os casos de automóveis que não vão ver o sol raiar em 2022. Hatches de entrada, SUVs, sedãs e até carros que já estavam mesmo pela hora da morte saíram de linha em 2021.
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Carros que saíram de linha em 2021
O AutoPapo vai relembrar 10 carros que saíram de linha em 2021. Confira o listão!
1. Ford Ka (hatch e sedan)
As primeiras baixas de 2021 já aconteceram em janeiro, e com uma dupla boa de vendas. Com a decisão da Ford de abandonar toda e qualquer produção no Brasil, Ka e Ka Sedan deixaram de ser produzidos em Camaçari (BA) logo no primeiro mês do ano.
O Ka começou a ser feito no Brasil em 1997 em sua primeira geração, quando ainda era um subcompacto. Projeto brasileiro, esta terceira geração foi lançada aqui em 2014 sobre a plataforma do Fiesta, maior e com uma variante sedã.
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Detalhe que o hatch ficou quase sempre, nestes seis anos, entre os três carros mais vendidos do país. Só em 2020, ano marcado pela pandemia, foram mais de 67 mil unidades Já o Ka Sedan anotou 27 mil emplacamentos no acumulado de 2020.
2. Ford EcoSport
A debandada da Ford não poupou o modelo que foi o responsável por criar o segmento de SUVs genuinamente urbanos. Lançado em 2003 e com uma segunda geração em 2013, o Eco marcou a história da indústria automobilística brasileira. Se todo mundo correu para fazer SUVs, parte da culpa é deste Ford.
O utilitário esportivo foi “único” por um bom tempo e vendeu muito por mais de uma década, praticamente sem concorrentes diretos. Só mesmo depois de 2015 que sentiu o baque nas vendas, após a chegada de quase meia dúzia de crossovers com a mesma proposta.
Também era produzido em Camaçari (BA) sobre a mesma plataforma do Fiesta. Despediu-se como um dos carros mais vendidos da história automobilística brasileira, com mais de 1,2 milhão de unidades.
3. Volkswagen up!
O up! era um carro legal, bem construído, com motores eficientes, mas muito mal posicionado no mercado. Lançado no início de 2014, era um subcompacto moderno, só que menor e pelo mesmo preço que um Gol. Obviamente, nunca vendeu o que a Volkswagen imaginava.
Curiosamente, todo mundo já dava o carro como morto em 2020. Mas, na última semana de dezembro do ano passado, a montadora lançou a linha 2021 do up! com apenas uma versão de acabamento e homologado para quatro passageiros – desta forma, se adequava à legislação que obriga cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes.
A despedida, porém, não tardou e o modelo se tornou um dos carros que saíram de linha em 2021. Em abril, a Volks anunciou o fim da fabricação do up! com pouco mais de sete anos de história. Neste período, foram mais de 225 mil unidades vendidas.
4. Toyota Etios (hatch e sedan)
Um dos carros que mais sofreu bullying na história do automóvel também figura entre os que saíram de linha em 2021. Em março, a Toyota anunciou que as últimas unidades de sua gama compacta de entrada seriam fabricadas em Sorocaba (SP), também com pouco tempo de produção local: menos de oito anos.
Porém, desde o lançamento, em 2013, o Etios sempre foi alvo de críticas no mesmo ritmo em que vendia bem. Ao todo, até abril deste ano, foram mais de 650 mil unidades das duas carrocerias. Os emplacamentos só arrefeceram mesmo depois de 2018, com a chegada do Yaris, bem melhor resolvido.
5. Nissan V-Drive
Com a chegada do novo Versa do México, em 2020, o sedã brasileiro adotou o nome de V-Drive para ser o carro de entrada da marca japonesa no Brasil. Mas não completou sequer um ano com este novo “batismo”. Em setembro, o modelo deixou de ser feito em Resende (RJ).
Apesar do ótimo espaço interno, porta-malas generoso e do menor custo de revisão entre os compactos, o V-Drive perdeu o sentido de ser. Defasado em relação aos rivais e ao irmão mexicano, não emplacou nem 5.000 unidades nos sete meses de vida que teve em 2021.
6. Volkswagen Fox
Outro dos carros que morreram em 2021 e no mês de setembro, o Fox sobrevivia de vendas diretas e do custo/benefício. Comercializado há anos em duas configurações, sempre com o motor 1.6 8V de até 104 cv, o veterano hatch sentiu o beijo da morte conforme as novas normas de emissões do Proconve se aproximavam.
Foram 18 anos sobre a mesma plataforma – uma base simplificada do primeiro Polo brasileiro, de 2001 – e mais de 1,8 milhão de unidades produzidas em São José dos Pinhais (PR) – com direito à exportação para a Europa.
7. Mitsubishi ASX
Nos primeiros dias de dezembro a Mitsubishi se despediu oficialmente do ASX. Oficialmente, porque o carro já era figurinha rara nas linhas de montagem de Catalão (GO) desde a estreia, em meados de 2020, do Outlander Sport – uma espécie de ASX remodelado.
Lançado em 2010 no Brasil, o ASX começou a ser produzido por aqui em 2013, mas nunca passou por grandes mudanças na linha. Há dois anos era vendido em versão solitária de acabamento com o motor 2.0 16V flex e câmbio CVT. Mesmo como Mitsubishi mais em conta do mercado, no acumulado de 2021 teve pouco mais de 600 unidades entregues. Em 11 anos de Brasil, foram 75 mil unidades comercializadas.
8. Honda Fit
Um dos carros mais queridos do mercado, e com clientes mais fiéis, também deixou de ser produzido em dezembro. O monovolume famoso por ser um carro que não dá problema e pela versatilidade de seu espaço interno, se despediu da fábrica de Sumaré (SP) e não ganhará nova geração, que já roda na Ásia e na Europa desde 2020.
Lançado em 2003 e com três gerações no Brasil, o Fit sempre foi um sucesso comercial. Em 18 anos de história no nosso mercado, soma mais de 600 mil unidades. A solução caseira da Honda para ocupar o lugar do carro será o lançamento do inédito City hatch, em março de 2022.
9. Fiat Uno
A Fiat recentemente lançou uma série limitada Ciao para marcar o fim de trajetória do Uno no Brasil. O hatch compacto, em sua segunda geração, foi lançado em 2010, mas nos últimos anos a linha passou por sucessivas dietas até figurar apenas uma opção de acabamento solitária, que, no ano, não somou muito mais que 20 mil unidades.
O Uno teve sempre a imagem de carro de vanguarda. A primeira geração, de 1984, foi pioneira em vários sentidos, desde coeficiente aerodinâmico até ergonomia e soluções mecânicas. A segunda geração quadradinha, por sua vez, agregou imagem de modelo descolado. Em duas gerações e 37 anos, foram quase 4,4 milhões de unidades produzidas do compacto.
10. Troller T4
O encerramento das atividades industriais da Ford no Brasil acabou extinguindo não apenas os produtos próprios, mas também o jipe T4. Isso porque a Troller era controlada pela multinacional, que optou por fechar a fábrica da marca em Horizonte (CE). As últimas unidades foram produzidas em setembro.
O T4 surgiu junto com a própria Troller, em 1995. Após cerca de uma década atuando de maneira independente, a fabricante se tornou uma marca da Ford em 2007. A segunda e última geração do jipe chegou ao mercado em 2014, com mecânica da picape Ranger. Em 2020, veio a versão TX4, equipada com câmbio automático.
Bônus 1: Chevrolet Montana
A Montana figura como bônus no listão porque abandonou o mercado apenas temporariamente. É que a General Motors vai lançar em 2022 a terceira geração da picape, bem diferente deste modelo compacto que conhecemos. A nova será baseada no Tracker e rivalizará com a Fiat Toro.
A picape compacta que se despediu do mercado no primeiro semestre do ano conseguiu voltar no tempo. Lançada em 2010, esta segunda geração da Montana adotou a base e o desenho do Agile, cuja origem estava no Corsa de 1994. Ou seja, o modelo conseguiu piorar no estilo e na plataforma em relação à primeira linhagem, lançada em 2003 com a arquitetura do Corsa II.
Bônus 2: Honda Civic
O Civic é outro que entrou como bônus no listão porque seguirá à venda no mercado brasileiro, só que como importado: a 11ª geração virá ao Brasil em versão única híbrida, com preços bem mais elevados. Em outubro, a Honda avisou que o sedan iria entrar para o rol dos carros que saíram de linha em 2021 no último mês do ano.
Um dos primeiros automóveis da Honda a vir para o Brasil logo após a flexibilização das importações nos anos 1990, o Civic foi sinônimo de sucesso em seis gerações – das quais, cinco produzidas aqui.
Confortável e confiável, o modelo foi o sonho da classe média brasileira. Porém, os SUVs ocuparam esse lugar nos desejos do consumidor e a Honda optou por investir na nova geração do HR-V (em 2022) e apostar que o novo City consiga segurar as pontas dos órfãos do Civic.
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