Fiat vai aposentar o motor 1.8, matando o Doblò e versões de Toro e Argo


Propulsor segue em produção para atender a outros mercados do continente A Fiat não terá mais carros novos com motor 1.8 no Brasil. A decisão já foi tomada e será executada muito em breve. Mais precisamente, a partir de 1º de janeiro, quando entra em vigor a fase L7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o Proconve. Com a nova legislação, mais restrita em termos de ruídos e emissões de poluentes, os carros da Stellantis (grupo que inclui também a Jeep) não poderão mais ser produzidos com o motor 1.8 aspirado da forma como ele é hoje. Veja também Isso não é necessariamente um problema. Afinal, o grupo possui propulsores mais modernos e eficientes, como o recém-lançado 1.0 turbo de três cilindros. Apesar de menor, seus números de potência e torque se aproximam do 1.8 aspirado. São 130 cv, contra 139 cv de Toro, Argo e Cronos e 132 cv do Doblò. No torque, o motor turbo se sai melhor, com 20,4 kgfm entregues a 1.700 rpm, contra 18,9 kgfm a 3.750 rpm do antigo propulsor. Motor com história Fábrica de Motores da Fiat em Campo Largo (PR) foi construída pela BMW e Chrysler Divulgação O motor 1.8 E.torQ surgiu na linha Fiat em 2010. Mas ele tem bem mais história do que isso. O propulsor, na verdade, é fruto da parceria entre a BMW e a Chrysler, ainda nos anos 1990. Até 2007, unidades de 1,4 e 1,6 litro eram produzidas na fábrica de Campo Largo (PR). Quando a união foi desfeita, o local ficou fechado, até a Fiat comprar a fábrica e a tecnologia. A partir de 2010, os motores, já com a litragem maior - 1.6 e 1.8 - e novo nome, E.torQ, começaram a ser produzidos e usados praticamente na linha inteira da marca italiana. Fiat Toro e Jeep Renegade usaram, por anos, o motor 1.8 Auto Esporte O 1.6 saiu de linha há algum tempo, ao passo que o 1.8 passou por atualizações, ganhou potência, torque e ficou mais econômico (ainda que nunca tenha sido referência em nenhum desses aspectos). Nos últimos anos, passou a equipar até modelos da Jeep, como o Renegade. Agora, com uma legislação mais rígida, finalmente será aposentado de maneira silenciosa, sem qualquer anúncio oficial. Ao menos no Brasil. Talvez uma das razões para isso é que a Fiat não vai deixar de produzir esse motor. Ele vai continuar sendo feito em Campo Largo (PR) e usado na montagem de veículos destinados a exportação. Jeep Renegade, Fiat Toro e Ram 1000 (versão da Toro com a marca Ram) são alguns dos modelos que são vendidos em outros mercados do continente com o 1.8 debaixo do capô. O que muda nos modelos brasileiros Por aqui, essa decisão também tem reflexos. Um deles é o fim da produção do monovolume Doblò, um dos veículos há mais tempo em linha na mesma geração no Brasil. Lançado em 2001, ele recebeu apenas atualizações visuais, enquanto na Europa houve novas gerações. Nos últimos anos, o Doblò chegou a ser dado como “morto” algumas vezes, sem que a informação jamais fosse confirmada. Agora, com a mudança na legislação, o fim é inevitável. As vendas em novembro já demonstram que a produção pode até já ter sido encerrada. Com o mês praticamente fechado, foram emplacados apenas 12 exemplares em todo o Brasil, segundo a Fenabrave. Fiat Argo Trekking 1.8 também sai de linha Divulgação Além do Doblò, a Fiat deixará de oferecer Toro Endurance 1.8, Argo HGT e Trekking 1.8 e Cronos Precision e HGT 1.8. Na prática, Argo 1.8 já havia sumido das concessionárias há algumas semanas, conforme Autoesporte antecipou. Procurada, a Stellantis ainda não respondeu. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

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