Volkswagen é investigada (de novo) pelo uso indevido de software para mascarar emissões


Segundo Tribunal de Justiça Europeu, montadora utiliza um dispositivo que altera nível de poluentes de acordo com a temperatura e a altitude Mesmo que o Grupo Volkswagen tenha começado a se dedicar a veículos elétricos, que vão desde a família ID. até modelos de alta performance como o Audi RS e-tron GT, uma mancha permanece no histórico da marca alemã. Estamos falando do Dieselgate, escândalo irrompido em 2015 que envolvia técnicas fraudulentas nos softwares de alguns dos motores a diesel e a gasolina das marcas pertencentes ao grupo com o intuito de que fossem aprovados por agências de controle de emissões. No Brasil, picape Amarok foi o único veículo a usar motor com software fraudulento Divulgação A tática, descoberta pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, revelou que os carros chegavam a emitir 40 vezes o nível permitido de poluentes de acordo com a legislação do país. Até no Brasil a Volkswagen teve de pagar indenizações aos dono da picape Amarok que usavam o motor adulterado. O escândalo acabou causando um efeito dominó, já que diversas montadoras foram acusadas de utilizar os mesmos métodos de fraudar os softwares para serem aprovadas nos testes. Com isso, praticamente toda a indústria automotiva passou a focar na eletrificação. Mas apesar das correções feitas, com recalls mundo afora e até a recompra de veículos adulterados, essa novela está longe de acabar. O Tribunal Europeu de Justiça, mais alta instituição judicial da União Europeia, descobriu um software que altera as emissões de gases tóxicos baseado na temperatura externa e na altitude, o que é contrário às leis europeias. Saiba mais “O uso desse dispositivo não pode ser justificado para proteger o motor contra danos e acidentes ou pela operação segura do veículo se o seu objetivo principal for preservar componentes como a válvula EGR, o resfriador EGR e o filtro de partículas diesel”, diz o comunicado enviado pela instituição. O texto do advogado geral do Tribunal de Justiça Europeu, Athanasios Rantos, afirma ainda que o uso do software é ilegal mesmo que previna o envelhecimento ou o entupimento do motor. Veículos com o dispositivo podem emitir mais que o permitido pelas leis europeias Autoesporte A Volkswagen também se pronunciou: “De acordo com a opinião do advogado geral, uma janela térmica pode ser justificada, por exemplo, se for para prevenir o mau funcionamento da válvula EGR, que tenha um efeito abrupto na operação do motor, sem que essas consequências sejam evitáveis pela manutenção regular do veículo, o que consta no parágrafo 125 do parecer. Segundo os critérios estabelecidos pelo advogado geral em suas conclusões, as janelas térmicas usadas nos veículos do Grupo Volkswagen continuam a ser permitidas. O propósito é prevenir riscos repentinos e danos imediatos ao motor". Diante das circunstâncias, uma nova batalha nos tribunais deve acontecer em breve. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

source https://autoesporte.globo.com/industria/noticia/2021/09/volkswagen-e-investigada-de-novo-pelo-uso-indevido-de-software-para-mascarar-emissoes.ghtml

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