Redução de imposto em SP pode deixar carros usados e elétricos mais baratos
Após aumento de 207%, ICMS em carros usados terá redução a partir de janeiro de 2022 Desde o início do ano, Autoesporte vem acompanhando os impactos do aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no preço dos carros novos e usados no Estado de São Paulo. Nesta quarta-feira (29), o governador João Doria (PSDB) deu um passo para trás ao anunciar que irá reduzir a alíquota do imposto sobre veículos usados e elétricos. O reajuste do ICMS de alguns produtos, incluindo veículos seminovos, usados e até daqueles que não possuem motor de combustão interna, acontece em virtude de o estado ter atingido a meta fiscal nove meses após a medida entrar em vigor, segundo o governador. Dessa forma, Doria antecipou a desoneração fiscal em diversos setores de economia de 2023 para 2022. Alta de 207% no ICMS no início do ano preocupou lojistas de São Paulo, estado que absorve até 50% o mercado de usados Agência Brasil A partir de 1º de janeiro de 2022, a porcentagem de ICMS sobre carros usados cairá de 3,9% para 1,8%. Em modelos elétricos, o percentual será de 14,5%, ante aos 18% atuais. Portanto, carros a combustão 0-km e carros movidos a energia elétrica serão tributados do mesmo percentual do imposto. O setor reagiu positivamente. Isso porque alíquota do tributo voltou a ser a mesma da aplica em 2020. Devido ao pacote de ajuste fiscal sancionado em outubro do ano passado, o percentual do imposto sobre veículos usados aumentou de 1,8% para 5,5% em janeiro de 2021 - salto de 207% em relação ao cobrado até então. Desde 1º de abril, o ICMS é equivalente a 3,9% do preço do modelo. Vale lembrar, entretanto, que entidades ainda pedem a volta do ICMS a 0,9%, cobrados entre 1993 e 2017. Veja também Veículos ficarão mais baratos? A redução do preço dos usados é uma possibilidade, mas o setor prefere não fazer projeções até o momento em que o reajuste entrar em vigor. "Não dá para termos uma ideia pois o ICMS ainda continua em 3,9% em São Paulo. A redução será só em janeiro, não conseguimos medir o que acontecerá até lá", justifica o Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores). Um dos motivos, segundo Ilídio, é o ano atípico que o mercado de carros novos e usados enfrentam. Com a falta de modelos 0-km nas concessionárias, devido à escassez de componentes nas fábricas, o consumidor passou a procurar por opções entre os seminovos. A alta demanda levou a uma hipervalorizarão do setor. Em virtude da falta de semicondutores, alguns carros, como o Chevrolet Onix, ficaram meses sem serem produzidos Divulgação Como resultado do gargalo na indústria, nos nove meses de 2021 a Fenauto registrou crescimento de 40% nas vendas na comparação com 2020. A previsão para este ano é que o setor consiga vender 16 milhões de usados - 1,7 milhão a mais de unidades do que o registrado em 2019. Sem mudanças para carros novos O governador paulista não anuncio mudança na tributação para os modelos 0-km. Desde 15 de janeiro de 2021, a alíquota de ICMS sobre carros zero km passou de 12% para 13,3% e no dia 1° de abril houve outro reajuste. Desta vez, de 13,3% para 14,5%. Apesar de baixar o ICMS de usados e elétricos, carros zero-km com motor a combustão não terão alíquota reduzida Divulgação Consequentemente, algumas montadoras passaram a comercializar seus produtos com duas tabelas de preço: uma exclusiva para São Paulo, com valores mais caros, e outra para o restante do Brasil. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas
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