Minivan: confira 10 boas opções no mercado de usados
Pode-se dizer que a minivan é o modelo familiar “mais raiz” que existe. Esses veículos foram concebidas com esse objetivo, para serem alternativas às station wagons. Provaram do mesmo veneno quando os SUVs roubaram seu lugar no coração das famílias numerosas. Mas acharam refúgio no segmento de seminovos e usados.
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Hoje, para se ter uma 0 km, ou você recorre à Chevrolet Spin ou desembolsa quase meio milhão pela nova Kia Grand Carnival. Então, aproveitamos para garimpar algumas boas opções de minivans em sites de compra e venda de carros, como Webmotors, KBB Brasil e Mobiauto.
10 opções para quem quer uma minivan usada
São monovolumes de diferentes tipos, com cinco ou sete lugares, e alguns com bastante tempo de uso. Como sempre gostamos de ressaltar, são dicas de modelos e o estado de conservação de cada um vai variar obviamente,
Por isso, se você tem desejo em comprar uma entre as boas opções de minivan, precisa pesquisar bastante e com calma, e averiguar o histórico de manutenção – além, é claro, do pleno funcionamento do motor e dos principais equipamentos. Sem falar que é preciso estar ciente que muitos desses modelos já não têm grande ofertas de peças de reposição.
1. Chevrolet Zafira
- Anos: 2001 a 2012
- Pontos positivos: espaço interno, equipamentos e posição de dirigir
- Atenção: problemas no câmbio e dificuldade com peças
Essa minivan é reverenciada até hoje e faz muito taxista soluçar de saudades. Lançada em 2001,em meio a uma leva de monovolumes médios que começaram a ser fabricados no Brasil, a Zafira foi sinônimo de conforto e espaço generoso para sete passageiros. Começou com motores 2.0 de 8V e 16V, e depois adotou apenas oito válvulas flex, que no fim de vida teve a potência elevada para até 140 cv.
Projeto da Opel feito sobre a plataforma do Astra do fim da década de 1990, tem um sistema bacana que permite dobrar e até retirar os bancos extras. E mesmo com os bancos da terceira fila acionados, ainda sobrava espaço para alguma bagagem ou um cilindro de GNV para os taxistas. Também se destaca pelo desempenho razoável e nível de equipamentos.
2. Fiat Idea
- Anos: 2005 a 2016
- Pontos positivos: dirigibilidade, ergonomia e conveniência a bordo
- Atenção: suspensão queixas de eixo trincado
A minivan compacta foi lançada em 2005 para ser uma alternativa familiar dentro da linha Fiat menor e mais barata que o Doblò. Tem posição de dirigir boa e bem elevada, com ergonomia funcional boa parte do tempo. Teve diversas versões e motores, mas dê preferência aos modelos com os 1.6 e 1.8 E.torQ, ou mesmo os 1.8 que eram projeto GM – descarte as configurações com o câmbio automatizado Dualogic.
Já a Idea com motor 1.4 pena pelo fraco desempenho. A minivan também teve variantes Adventure, com suspensão reforçada e elevada, apliques estéticos fora de estrada, até opções bom bloqueio do diferencial Locker, mas devido ao piercing off-road (o estepe pendurado no porta-malas), a abertura da tampa traseira é complexa. O modelo foi baseado no similar europeu, mas aqui usou plataforma do primeiro Palio (1996) – enquanto o lá de fora usava do Punto.
3. Nissan Livina
- Anos: 2009 a 2014
- Pontos positivos: espaço interno, posição de dirigir e nível de equipamentos
- Atenção: coluna de direção e ruídos na suspensão
Produzido em São José dos Pinhais (PR), o monovolume da marca japonesa foi lançado em 2009 com bom nível de conforto a bordo e posição de dirigir agradável. Também se garante no desempenho, com o motor 1.8 de 126/125 cv. E mesmo o 1.6 de 108/104 cv é competente para mover a minivan.
Ainda tem as Grand Livina, alongadas e com espaço para até sete passageiros, além dos modelos com câmbio automático de quatro marchas, o que confere uma dose de conforto a mais. A linha vacila no acabamento interno, isolamento acústico e em detalhes como o cinto de segurança sem ajuste de altura na frente.
4. Citroën C4 Picasso
- Anos: 2008 a 2019 (duas gerações)
- Pontos positivos: conforto, equipamentos, espaço interno e acabamento
- Atenção: problemas na caixa de câmbio e falta de peças
A marca francesa sempre foi uma referência em boas opções de minivans. Para surfar nas boas vendas da Xsara Picasso fabricada em Porto Real (RJ), a Citroën começou a importar da Espanha esta opção mais sofisticada de veículo familiar. Primeiro na configuração Grand C4 Picasso, de sete lugares, e depois na opção menor com cinco bancos.
Ambas se destacam pelo conforto ao rodar e ótimo espaço interno, além do acabamento sempre caprichado do fabricante. Os modelos da segunda geração (2015) são as melhores pedidas, já que usam o motor 1.6 turbo THP de 165 cv, enquanto os primeiros C4 Picasso usam o velho 2.0 de 143 cv e câmbio automático de quatro marchas – conjunto que, aliado ao peso da minivan, anda “mais ou menos” e bebe bastante.
5. Chrysler Town & Country
- Anos: 2008 a 2015
- Pontos positivos: espaço interno, equipamentos e habitabilidade
- Atenção: ruídos da direção e falta de peças
A Town & Country é quase um latifúndio sobre rodas. Com 5,15 metros de comprimento e 3,07 m de entre-eixos, é que nem coração de mãe e acomoda, com folgas, sete passageiros das mais variadas estaturas. Tem ainda uma generosa lista de equipamentos de série, como ar-condicionado automático trizona e com saídas para todas as filas de bancos, tampa do porta-malas com acionamento elétrico e sistema multimídia bem completo (para a época).
Há ainda uma ótima quantidade de porta-objetos na cabine da Town & Country. O motor V6 Pentastar de 283 cv dá conta de mover as mais de 2,1 toneladas da minivan, porém cobra a conta no consumo, obviamente. Só que há muitas queixas do pós-venda, com peças difíceis de achar e geralmente bastante caras.
6. Renault Scénic
- Anos: 1999 a 2010
- Pontos positivos: conforto, desempenho do motor 2.0 e manutenção
- Atenção: correia dentada e suspensão
- Recall: troca da mangueira de combustível
A Scénic foi a primeira minivan média fabricada no Brasil e a responsável por “inaugurar” o Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Os modelos com motores 2.0 16V – pós-reestilização de 2001 – são os com melhor custo/benefício, além de ter desempenho acima da média para a categoria.
O monovolume teve uma variedade de séries especiais, algumas com direito à DVD de fábrica para os ocupantes do banco traseiro. Como foram mais de 140 mil unidades produzidas, e boa parte dos motores serviram a outros carros da marca, não é difícil encontrar peças. Só tente se acostumar à estranha a posição de dirigir – muito ereta.
7. Mercedes-Benz Classe R
- Anos: 2006 a 2011
- Pontos positivos: comportamento dinâmico, acabamento, equipamentos e conforto
- Atenção: custo de manutenção e consumo
Por que não uma marca de luxo entre as boas opções de minivan? Pois é, a Classe R, apesar de pouco lembrada, é um misto de veículo familiar e station-wagon parruda que traz aquela dose de sofisticação, desempenho e dinâmica que se espera de qualquer modelo da marca. Some a isso ainda a conveniência de sete lugares e uma lista farta de equipamentos.
A R500 sempre se valeu de um “vê-oitão” para mover as mais de 2 toneladas. Começou importada com o 5.0 de 306 cv. Depois de 2011, o 5.5 com voluntariosos 288 cv. O câmbio é sempre o automático de sete marchas e a tração, integral. Não precisa nem ressaltar que eficiência de combustível não faz parte do seu dia a dia. E que peças são difíceis e caras.
8. Peugeot 807
- Anos: 2003 e 2004
- Pontos positivos: acabamento interno, equipamentos e espaço
- Atenção: suspensão e câmbio
Fomos lá no início do século para resgatar essa minivan francesa raiz. Com oito lugares, a 807 chegou em 2003 para ocupar o lugar da 806 com uma clara evolução em sua construção e acabamento interno. Mais espaçosa que a antecessora, tem sistema de modularidade de bancos interessante.
O motor é o velho conhecido 2.0 de 138 cv que equipa tantos Peugeot e Citroën mundo afora, com câmbio automático de quatro marchas. É ruim? Não. Mas não faz milagres para uma minivan com mais de 1.600 kg. E como todo francês, é sempre importante ficar atento ao estado de conservação e à parte eletrônica – ainda mais que só foi importada por dois anos.
9. Chevrolet Meriva
- Anos: 2002 a 2012
- Pontos positivos: espaço interno, manutenção e robustez
- Atenção: vidros elétricos e coluna de direção
A Meriva é uma das boas opções de minivans, como também uma das mais bem boladas. Com seu formato “bolha”, apesar das dimensões compactas, tem um dos melhores aproveitamentos de espaço na cabine. Isso graças ao sistema de modularidade de bancos, que, ao serem rebatidos, deixam o assoalho totalmente plano. Não surpreende ser outro modelo que deixou saudades nos taxistas.
As variantes com motor 1.8 são as mais desejadas, pelo bom desempenho e ainda facilidade de peças e mecânica robusta. As 1.4 têm desempenho fraco, mas também se valem da boa reputação em termos de pós-venda. Só fuja mesmo das versões dotadas com a péssima transmissão automatizada Easytronic – teve muito dono fazendo conversão desses modelos para câmbio manual de tão problemática que era.
10. Kia Grand Carnival
- Anos: 1999 em diante
- Pontos positivos: equipamentos, conforto e espaço interno
- Atenção: falta de peças e manutenção cara
A grandona da marca sul-coreana não deixa de ser uma boa opção de minivan, até porque ela é importada desde 1999, em sua primeira geração. E se você não está disposto a gastar quase meio milhão na nova Carnival que acabou de ser lançada, pode recorrer aos modelos seminovos e usados.
Em todas as gerações, a Carnival sempre se destacou pelo nível de equipamento e acabamento para se diferenciar no segmento. Os motores geralmente são V6 – existiram umas variantes turbo, no início da importação, mas raríssimas -, com boas potências (de 175 a 276 cv). Mas o consumo é elevado e o modelo tem fama de pós-venda caro e complicado. Então, atenção redobrada ao histórico de manutenção.
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